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Erdnase: O Especialista na mesa de jogo (Parte 1)

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Parte 1: A obra

“Ao oferecer este livro ao público, o autor não usa nenhum sofisma para se desculpar da sua existência (...). Qualquer que seja seu resultado, se ele for vendido, atingirá o objetivo primário do autor, que precisa do dinheiro. ”

Nesse extrato do prefácio do livro que editou em 1902, S. W. Erdnase deixa claro os objetivos que ele traçou ao escrever e publicar seu “Expert at the Card Table”. Não imaginava ter escrito um dos mais icônicos livros sobre utilização de baralhos em números de mágica jamais publicado, e que se tornou livro cult sobre o tema.

Um livro rico em ensinamentos básicos sobre a arte de manipular baralhos, para jogo e mágica, mas repleto de mistérios e peculiaridades que ainda estimulam pesquisas e a imaginação de muita gente. E consagrou Erdnase aos principais cartomagos em todo o mundo.

Em dois artigos vamos apresentar um pouco desses mistérios e das razões do seu sucesso. Iniciamos aqui falando sobre a obra.

O livro

Embora conhecido e republicado ininterruptamente desde 1902, o livro não tem como título “The Expert at the Card Table”: vai aqui uma primeira peculiaridade! Na página de rosto da edição original, nem sempre repetida em suas inúmeras novas edições - e onde consta o título completo e oficial de todo livro - encontramos:

ARTIFICE
RUSE and SUBTERFUGE
at the
CARD TABLE
A Treatise on the Science and Art of
Manipulation of Cards
Que corresponde em português a:
ARTIFÍCIOS
ARTIMANHAS e SUBTERFÚGIOS
na
MESA DE JOGO
Um Tratado sobre a Ciência e Arte da
Manipulação de Cartas

 

A frase Expert at the Card Table constava da capa e da lombada da edição original, e passou a ser a maneira de nomear de forma mais curta aquele longo texto que lhe servia de título, comum em obras editadas no final do século 19, início do 20. A razão, especula-se, seria evitar chamar a atenção de possíveis censores para um livro que tratasse (como de fato trata) de técnicas para jogos trapaceados. Com o tempo, edições mais recentes passaram a adotar o título curto, como o “oficial”.

A edição original era um volume compacto (20,5 x 14,0 cm) com capa dura, 205 páginas com 101 ilustrações à mão, executadas por M. D. Smith, que até hoje são usadas em publicações modernas. Apresenta uma linguagem erudita (embora datada para a época de sua edição) em um estilo que qualifica seu autor como conhecedor da língua e das técnicas de escrita. 

Foi editado pelo autor, que encomendou sua impressão a J. McKinney, gráfica de Chicago. O autor bancou com seu dinheiro toda a edição. A gráfica se esmerou produzindo exemplares com acabamento de capa em um verde que se tornou característico. Foi ofertado ao mercado por US$ 2.00, valor elevado para livros, à época.  Esta primeira edição é comprada agora em leilões e antiquários que comercializam livros antigos sobre mágica por valores que podem chegar perto dos 10.000 dólares!

(fig 1- Edição original do livro)

Estrutura do livro

Está dividido em duas partes básicas:

  • Card Table Artifice (artifícios da mesa de jogo);
  • Legerdemain (literalmente “mão leve”, ou prestidigitação - termo que, provavelmente, não existia, ou era pouco usado, na época). É a parte do livro que trata das manipulações com cartas para entretenimento. Alguns analistas do livro sugerem ter sido acrescentada para tornar o livro mais vendável, ampliando o espectro de interessados, ou para camuflar o objetivo de ser um tratado de como trapacear no jogo.

Algumas edições modernas (inclusive a mais popular atual, pela editora Dover), consideram a divisão em três partes, a última tratando de Card Tricks (truques com cartas). Pela estrutura indicada no topo das páginas da edição original, entende-se, no entanto, que apenas duas são as partes, sendo a seção de truques com cartas integrante da parte sobre Legerdemain. São assim separados os dois principais assuntos tratados: técnicas de jogo e entretenimento com cartas, que o autor destaca no seu curto, mas informativo prefácio.

A parte referente aos artifícios da mesa de jogo apresenta relação das principais técnicas usadas para “melhorar a sorte” em jogos:

  • Comentários sobre equipamentos mecânicos usados em trapaças por jogadores (Hold outs).
  • Cartas preparadas (marcadas, cortadas e ordenadas).
  • Como usar comparsas para obter vantagens em jogos à dinheiro.
  • Conselhos de ação (uniformidade, não demonstração de habilidade, etc.)
  • Embaralhamentos e cortes falsos, bottom e second deals (que ele denomina top deals), stacking, empalme, salto (shift), técnicas para o jogo da vermelhinha (Three Card Monte).

Em Legerdemain temos:

  • Explicação de 14 números de mágica dirigidos, segundo o autor, para amadores, para entretenimento sem preparações (impromptu). Exclui números com aparelhos ou cartas preparadas ou mecânicas, que indica ser para artistas profissionais.
  • Passes principais apresentados:
    • Salto, embaralhamentos e cortes falsos (refere-se à primeira parte), force (clássico), empalme, trocas (changes), transformações, arredagem (glide).
    • Apresenta técnicas tradicionais do início do século 20 (escola “salto – empalme – top change – force clássico”).
    • Muitas das técnicas apresentadas foram aprimoradas (embaralhamentos - riffle; false deals, empalmes e trocas).
  • Capítulo especial sobre baralhos pré-ordenados (periódico “rosário” – usando o sistema “Eight Kings”). Apresenta método de cálculo para localizar cartas, que supõe ser o criador. Note-se, no entanto, que Si Stebbins já havia publicado método similar em 1898.
  • Inova em alguns tipos de empalme do centro do baralho.

Críticas aos métodos explicados

A efetividade do livro é polêmica. Vários leitores não se entusiasmam com a primeira leitura. Assim comentam Juan Tamariz e Roberto Giobbi, prestigiados cartomagos e autores atuais, em seus ensaios sobre o Expert. Com o tempo e repetidas leituras passam a entender o livro e a venerá-lo como o mais completo tratado escrito sobre manipulação de cartas. Não são únicos. Quase sempre, leitores apressados acham os métodos expostos complexos e requerendo muita prática. Por outro lado, acham que a cartomagia moderna superou Erdnase, que estaria desatualizado.

Em 1957, Jean Hugard, editor e autor de livros considerados importantíssimos (até hoje!) sobre números com cartas, publicou em seu boletim Hugard’s Magic Monthly artigo fazendo críticas negativas ao livro. Considerava que Erdnase era mais um cardsharp (um jogador trapaceiro) do que mágico. E moralmente condenava mágicos que se baseavam em ensinamentos de um jogador desonesto. Explicava que mágicos não precisam usar métodos de jogadores, pois não se submetem aos mesmos rigores que estes enfrentam. Afirmava que mágicos podiam usar métodos mais simples e diretos.

Embora esses comentários de Hugard tenham seu fundamento, ele deixou de comentar que o livro contém toda uma parte dedicada a magia com cartas. Sobre a efetividade da seção que trata de Legerdemain, esta foi comprovada quando Ricky Jay, na década de 1990, teve um enorme sucesso com seu espetáculo de mágica com cartas Ricky Jay and his 52 assistants, apresentada por longo tempo em Nova York e outras cidades, e hoje disponível em vários serviços de streaming e mesmo no YouTube. Rick abre o espetáculo apresentando integralmente o primeiro número descrito por Erdnase no capítulo sobre card tricks: uma reunião de quatro damas (em um efeito conhecido atualmente como “reunião de ases” - Aces Assembly), que ele denomina “The Exclusive Coterie” (Uma reunião exclusiva). O roteiro, com todas as falas sugeridas por Erdnase é repetido palavra por palavra por Ricky em sua apresentação! Se você tem o livro, confira isso assistindo ao show de Ricky Jay, disponível integralmente no YouTube.

De qualquer forma, cabem as perguntas: o Expert ainda é um bom livro? Mais do que isso, é um livro atual? Ricky Jay já nos respondeu isso na prática.  A opinião de cartomagos modernos é de que várias técnicas de cartomagia foram criadas e desenvolvidas depois da edição do livro. Mas, aquilo que ele apresentou era o estado da arte do que havia naquele tempo. E as descrições continuam precisas e corretas, se estudadas com cuidado.

No prólogo da edição espanhola do livro [1] , Juan Tamariz destaca alguns passes que não eram conhecidos na época, e que hoje são muito utilizados por mágicos modernos. Double lift, contagem Elmsley, o “culebreo” de Ascanio, os embaralhamentos Zarrow e faro, e alguns outros são citados. Por outro lado, reforça que as técnicas apresentadas no livro são precisas na descrição e na efetividade de utilização.

Tamariz ainda comenta que a cartomagia apresentada por Erdnase foi precursora do que se conhece hoje como magia de close-up (de perto). Na época apenas apresentações em teatros ou grandes ambientes eram descritas em livros sobre o tema. O Expert, no entanto, enfatiza os números sobre mesas, com o mágico sentado, para um público restrito.

Roberto Giobbi [2], em um detalhado artigo sobre o Expert, analisa os principais passes apresentados, complementando explicações com fotos. Comenta também sobre aquilo desconhecido no tempo da edição original.

Na década de 1920, membros do chamado Inner Circle de Nova York, que reunia a nata dos especialistas em uma forma de apresentar mágica - posteriormente denominada como magia de close-up, particularmente com baralhos - questionaram a efetividade do livro. Indagaram, por outro lado, de qual maneira Dai Vernon, já venerado como grande cartomago que era, havia aprendido as técnicas perfeitas que utilizava. Vernon foi lacônico: “Aprendi com Erdnase”!

Vernon foi, indiscutivelmente, o mais importante seguidor de Erdnase. Foi, literalmente, seu livro de bolso. Conta-se que retirou a capa dura que envolvia a edição de modo a facilitar seu transporte “in tasca”. Suas anotações foram editadas em dois livros básicos sobre o Expert.

Revelations, de 1984 [3] e o posterior Revelation (2008) [4], não se diferenciam por um simples “s”. O primeiro é uma compilação de notas feitas pelo “Professor”, compiladas, editadas e complementadas por Perci Diaconis, mágico e matemático importante, confidente fiel dele. Em Revelation, publica-se o conjunto original das anotações de Vernon (agora sem os adendos de Diaconis), além de um conjunto até então desconhecido que ele havia preparado sobre sua principal referência em mágica. Reproduz-se os textos originais de Vernon, com complementos importantes sobre o tema. As duas obras são valiosíssimas para entender a essência dos ensinamentos de Erdnase.

Outro completo trabalho comentando o Expert foi feito por Darwin Ortiz no seu The Annoted Erdnase, de 1991 [5]. Analisando cada item do livro, cujo texto, da mesma forma que nos Revelation(s), é integralmente reproduzido, Ortiz acrescenta dados técnicos e históricos, que servem como um guia da evolução da cartomagia.

Outro grande mágico especialista em baralhos, Ed Marlo, também foi um admirador de Erdnase. Notas que manteve sobre o livro foram compiladas e editadas por Jon Racherbaumer no Marlo on Erdnase [6], em 2007. Vários passes são anotados com fotos que ampliam e facilitam o entendimento do que se expõe.

A análise de comentários feitos por especialistas na matéria, quase todos enfatizando a qualidade do livro, embora ressaltando a evolução que as técnicas sofreram desde sua edição original, reflete a qualidade da obra. Darwin Ortiz comenta que “técnicas se modificam, mas princípios não”, o que caracteriza bem o que se deve esperar hoje do Expert. Racherbaumer nota, em seus comentários sobre as anotações de Marlo, que “todo especialista em cartas afirma que leu e estudou o Expert at the Card Table, mesmo isso não sendo verdade.”

Darwin Ortiz também observa que tanto admiradores como detratores do livro, muitas vezes apenas folhearam o livro esparsamente, nunca se aprofundando em seu estudo. Isso reforça o comentários de Tamariz e Giobbi que, mesmo interessados no tema do livro, não foi a primeira leitura que os fez reconhecer seus méritos.

O expert era realmente um expert?

Embora as opiniões sobre a importância do livro venham de cartomagos famosos, pairam dúvidas sobre a efetividade do livro no que toca à sua primeira parte, onde técnicas de trapaça em jogo são expostas.

Alguns especialistas no tema (como Tony Giogio e Steve Forte), concluem que não! Explicação detalhada dos argumentos de Tony Giorgio são apresentadas na referência
10 [10]. Suas análises indicam que muito do exposto não é usado na mesa de jogo da forma apresentada, e não seriam técnicas descritas por um “profissional” do ramo. Assim, a especulação de que a parte do livro dedicada à mágica com cartas teria sido apenas uma camuflagem de um livro dedicada as técnicas de trapaça em jogo, poderia ser, de fato, exatamente o contrário!

Erdnase: enciclopédico ou plagiador?

Análises históricas sobre o que foi publicado sobre mágicas com baralhos antes da escrita do Expert levam a conclusões, no mínimo, ambíguas. A comparação da descrição de vários pontos do livro indicam referências semelhantes às encontradas em várias das poucas obras sobre o tema até então publicadas.

Como um dos exemplos temos a explicação da “Carta no Lenço” (Card in Handkerchief), efeito clássico no qual a carta escolhida por um espectador atravessa um lenço que envolve o maço de cartas. Encontrada no livro New Era Card Tricks, escrito por August Roterberg, editado em 1897, a descrição e a ilustração usada no Expert são praticamente idênticas.

Aliás, são várias as semelhanças de ilustrações encontradas com outros livros anteriormente publicados. O próprio ilustrador do livro – Marshall D. Smith, localizado em 1946, e que mencionaremos mais à frente –, surpreendeu-se quando soube que o livro continha 101 ilustrações; lembrava-se ele de ter desenhado apenas cerca de 20 ou 30 esquetes de Erdnase manipulando cartas, muito menos do que o livro continha. Smith, até então, desconhecia a edição do livro. Pode-se especular aqui que Erdnase copiou parte substancial de suas ilustrações de outras referências.

Há também uma recorrente semelhança na escolha e descrição de efeitos apresentados no livro The Magicians Handbook, escrito por P. T. Selbit, originalmente publicado em 1901. A referência 11 [11] faz uma análise detalhada dessas semelhanças, que deixa dúvidas sobre a originalidade do material apresentado pelo Expert. Teria sido ele apenas um compilador do que já havia sido publicado sobre mágica com cartas?

O livro e suas reedições principais

A edição original do livro não teve a repercussão desejada. Poucos exemplares foram vendidos. Isto fez Erdnase vender, em 1903, os exemplares “encalhados”, os direitos e as matrizes com os desenhos a Frederick J. Drake and Company, estabelecido em Chicago, editor de livros populares sobre jogos de azar, além de alguns livros de mágica. Com uma extensa rede de venda por correio em todo o território americano, o livro teve uma melhora em seu desempenho comercial. Em 1904 Drake já havia vendido todos os exemplares adquiridos, e anunciou uma reimpressão, antecipando novas vendas.

Este material original foi em 1937 adquirido de Drake por Willian H. Prost, que publicou durante anos uma edição pobre do livro. Em 1942 as placas foram vendidas a The Charles Powner Co., que usou o material em edições apresentadas em brochura.

O alcance obtido por comerciantes como Drake e outros, logo despertou o interesse de vários outros editores do gênero. Vários reeditaram o livro com qualidade e cuidados muito variáveis. Várias destas edições reduziram textos, retiraram figuras, eliminaram partes inteiras, tornando o livro possivelmente irreconhecível pelo próprio autor!

Mas algumas edições deram crédito ao seu valor intrínseco, mantendo-o “vivo” até hoje. A edição do Gambler’s Book Club, de Las Vegas, além do texto integral, inclui comentários do Prof. Hoffmann, conceituado mágico e autor do início do século 20. Esses valiosos comentários enfatizam a qualidade do texto original, destacando a importância da publicação.

Em 1944 um conhecido especialista na exposição de trapaças em jogos, especialmente com cartas - Samuel Michael “Mickey” MacDougall - publica o livro Card Mastery [7]. Dirigiu a publicação particularmente a mágicos, como menciona na curta introdução ao livro. Foi recebido pela crítica mágica da época com várias restrições. Na sua parte final, incluía o texto integral do Expert. Mesmo sem conter nenhum comentário ou referência à obra de Erdnase na parte do texto que escreveu, mostrava o quanto especialistas do tema consideravam sua obra importante quando se falava em manipulação de cartas.

A edição mais popular atualmente é da Dover Publications, especializada em reeditar obras importantes que caíram em domínio público. Nesta edição, há comentários de Martin Gardner, conhecido por seus artigos sobre mágica e matemática, especialmente aqueles publicados na revista Scientific American, da qual foi articulista por muitos anos. Gardner teve um papel importante na identificação de quem teria sido Erdnase, como veremos na parte 2 deste artigo.

Comemorando o centenário da primeira edição, em 2002, foi publicado um fac-símile, exatamente igual a original, apenas reconhecida por uma pequena menção na folha de copyright. Identifica-se o executor desta edição comemorativa apenas como “Erdnase”. No mais, tem-se em mãos o livro como foi concebido e originalmente produzido, da tipologia utilizada ao número e composição de cada página!

Em 2007, CARC – Conjuring Arts Research Center, organização de estudos e pesquisas sobre mágica, de Nova York, publicou uma edição em dimensões reduzidas, que tornaram o livro literalmente de bolso. O texto, ilustrações e estrutura originais são mantidos, utilizando-se papel bíblia e acrescentando-se numeração às frases, facilitando sua eventual referência e anotações.

Outra edição quase facsimilar, publicada em 2014, preparada por Marty Demarest e Jake Spatz, embora mantendo o texto e as figuras originais, acrescentou uma “Errata”, onde apresenta erros de edição, gramática e de explicações, constantes desde a primeira edição, e nunca apresentadas em edições posteriores.  Além disso ainda inclui um índice por assunto, que a edição original não tinha. 

Daniel Madison, reconhecendo, como a quase totalidade dos “experts at the card table” modernos, a qualidade do livro, editou em 2018 o texto completo, com alguns comentários, na sua maneira lacônica e enigmática. As ilustrações desta edição, mesmo acompanhando as criadas por M. D. Smith, mostram mãos com as tatuagens típicas de Madison [8]

Em 2020 o livro foi transformado em uma história em quadrinhos por David Trustman. O texto é reproduzido palavra por palavra, agora com desenhos mostrando “ação” em cada explicação. Mas as imagens são apenas ilustrativas, sendo pouco uteis para quem deseja estudar os passes explicados [9]

Além das inúmeras edições em língua inglesa (americanas, inglesas e canadenses) foi traduzido para várias outras: francês, italiano, alemão, espanhol, são conhecidas; certamente outras traduções, em línguas mais ‘exóticas’, devem ser encontradas. Ainda não temos uma tradução para o português, seja feita no Brasil ou em Portugal.

De uma forma ou de outra, em várias línguas, formatos e projetos gráficos, o livro nunca deixou de ser publicado até hoje!

Em um próximo artigo vamos falar do autor – o misterioso Erdnase!

 

Cláudio Décourt (Ruberdec)

Março de 2024

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Referências parte 1

[1] ERDNASE, S. W.  El Experto en la Mesa de Juego.  Tradução de Mónica Tamariz; Prólogo de Juan Tamariz. Madrid (?), Editorial Frakson, 1988 (?). 207 p.

[2] GIOBBI, Roberto. Confidences. Seattle, Hermetic Press, 2012. 265 p.

[3] VERNON, Dai & ROSS, Faucett W.  Revelations.  Pasadena, Magical, 1984. 224 p.

[4] VERNON, Dai.  Revelation.  Pasadena, Mike Caveney Magic Words, 2008. 378 p.

[5] ORTIZ, Darwin.  The Annotated Erdnase.  Pasadena, Mike Caveney Magic Words, 1991. 270 p.

[6] RACHERBAUMER, Jon (Compiler and Editor).  Marlo on Erdnase : Commentary and Marginalia on Expert at the Card Table.  s.l., Jon Racherbaumer and Geno Munari, 2007. 248 p.

[7] MacDOUGALL, Michael.  Card Mastery. New York, Circle Magic Shop, 1944. 82 + 205 p.

[8] ERDNASE, S.W.  Artifice, Ruse and Subterfuge at the Card Table: A Treatise on the Science and Art of Manipulating Cards [conhecido como The Expert at The Card Table]. Edição especial preparada por Daniel Madison. S.l., Madison Edition, 2018. 206 p.

[9] ERDNASE, S. W & TRUSTMAN, David.  Artifice, Ruse, and Subterfuge - The Expert at the Card Table: The Graphic Adaptation.  s.l., David Trustman, 2020. 132 p.

[10] McDERMOTT, Hurt.  Artifice, Ruse & Erdnase: The Search for One Who May Not Want to Be Found. [Somerville], Lybrary.com, 2012. 223 p.

[11] EVANS, Richard H.  The Expert’s Expert.  Genii. Washington DC. Richard Kaufman, Volume 86, Number 9: p. 14 – 55, September 2023.

Erdnase Expert at the Card Table

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comentários


  • Ótimo texto, já tinha ouvido falar do livro mas não sabia o mistério por trás

    Igor Novaes em
  • tenho a edição da Dover, gosto muito, apesar de não ter a capa verde icônica kkkkk

    Jun em
  • Aguardando a parte 2 👀

    Lucas Pedro em
  • já estou ansiosa pela parte dois, li em alguns materiais que o autor ainda é um mistério!

    Miriam em
  • Ebaaaaaaa! Estava aguardando um novo post de vocês! Sempre uma ótima fonte de conhecimento

    Leandro Borges em


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