Comentários por Cláudio Décourt (Ruberdec)
Magic is Dead. O livro que analisaremos aqui declara em seu título que a arte mágica morreu, suficiente para criar, pelo menos, curiosidade.[1]
Encontrei este livro por acaso. Embora publicado em 2019, ainda não havia visto nenhuma referência ou comentário sobre ele. O título é sugestivo, indicando algo "subversivo" aos princípios tradicionais desta nossa arte. Meu lado "anárquico" logo estimulou a compra e imediata leitura. E não me enganei!
O livro, dirigido a um público geral, não necessariamente especializado ou "amante" da arte mágica, sugeria algo como o livro publicado em 2012 por Alex Stone, com o título Fooling Houdini[2], que recebeu vários comentários negativos de tradicionais representantes do setor, inclusive de alguns expoentes como Rick Jay! Nele Stone apresenta o setor de forma isenta, como um observador "de dentro", mas que olha o setor com olhos externos, criticando algumas tradições consideradas rígidas, como os critérios de admissão em sociedades mágicas e a revelação de segredos mágicos.
O fio condutor do livro escrito por Ian Frisch - jornalista por profissão, jogador de pôquer por tradição familiar e mágico por paixão - é a formação e desenvolvimento de uma sociedade de mágicos designada the52. O subtítulo do livro indica essa linha informando tratar-se de "My Journey into the World's Most Secretive Society of Magicians".[3] Mas o escopo do livro vai muito além de uma simples história da formação desta sociedade. Traça, na verdade, um panorama de como a arte mágica está evoluindo neste primeiro quarto do século 21. Mostra os caminhos tomados pelos apaixonados atuais da arte de criar efeitos mágicos: suas peculiaridades e semelhanças, suas individualidades e princípios, tradições e, principalmente, rompimentos com essas tradições!
Leitores mágicos bem informados notarão a semelhança do nome do autor com um mágico francês contemporâneo, famoso por ter ganho o primeiro prêmio em magia de close-up no congresso mundial da FISM,[4] em 2012: Yann Frisch. Com o mesmo sobrenome, e apenas com diferença de grafia do nome deste, o autor de Magic is Dead parece não ter nenhuma ligação de parentesco com aquele, conceituado mágico por seu número com um copo de alumínio e bolas, consagrado por quase dois milhões de visualizações no YouTube. A única aparente ligação entre os dois, mais caracterizados pela contemporaneidade em que vivem que por outra ligação, se dá, no entanto, por esta robusta mídia que é o YouTube.
A chamativa capa do livro, predominantemente em vermelho, mostra uma possível logomarca da the52: um conhecido símbolo maçônico, representado por um olho do qual se irradiam várias linhas retas, desenhado na parte interna de um triângulo; na parte superior do olho encontra-se o número 52.
(Figura 1, capa do livro Magic is Dead).
Em uma apresentação do livro na famosa livraria Strand, em Nova York, o autor, entrevistado, indica que o livro pode ser considerado uma apresentação ao público em geral de um movimento adotado por alguns mágicos contemporâneos, a maioria cartomagos, que enfatizam a apresentação de números de perto (em close-up).[5] Alguns deles pouco se apresentam para o público presencialmente, limitando-se a criar números que são comercializados por alguns sites de mágica que também surgiram neste segundo milênio, como Ellusionist, Theory 11, Dan & Dave, Blue Crown e que tais. São, na verdade, mágicos para mágicos, eventualmente apresentando-se em congressos ou fazendo conferências "ao vivo". Grande parte de seu trabalho é postado em redes e mídias sociais, como YouTube, Instagram e outras opções do tipo. E conseguem com isso milhares de "visualizações" e, por consequência, remuneração de publicidade direta ou indireta oferecida por essas plataformas, o que é uma forma eficaz de "ganhar a vida". Isto além da comercialização de suas criações de efeitos mágicos em sites especializados.
Outra característica destes mágicos é a edição de baralhos especiais, que vários deles têm lançado usando como plataformas de comercialização as mesmas usadas para lançarem seus números inéditos. Desde 2004, quando Ellusionist lançou dois baralhos com cartas predominantemente pretas e outras características especiais, a prática se tornou "viral", para usar um termo atual nas mídias sociais.[6] Praticamente toda semana um novo modelo de baralho é lançado, alguns com edições limitadíssimas, disputadas pelos fãs destes novos "mágicos".
Embora a maioria deles tenha como atividade principal o trabalho quase solitário em suas redes sociais, alguns têm servido como consultores de outros mágicos que se apresentam como pertencendo ao underground da magia, mas têm projeção em mídias mais tradicionais, como em sistema de streaming como Netflix e similares. David Blaine, Dynamo, DMC, Justin Willman e outros têm se valido da criatividade de nomes como Daniel Garcia, Asi Wind e outros, consagrados nessa nova atividade de criarem números em seus canais de YouTube, para oferecer números inéditos em suas apresentações.
Assim, esta geração de mágicos atua em vários campos novos, proporcionados pelas novas tecnologias disponíveis. Atividades nunca antes existentes! E que transcendem a tradicional forma de apresentar mágica em teatros e mesmo em círculos mais restritos, como usual na magia de close-up, forma muito desenvolvida de fazer mágica no século 20. Suas vestimentas fogem completamente dos estereótipos da casaca e cartola, trajando-se no que se chama hoje de "estilo urbano casual", despojado e ousado, considerado "feio" pelos padrões mais conservadores.
Quem são estes mágicos? Daniel Madison é o mais citado no livro, e uma das lideranças deste "movimento" (movimento entre aspas, por não ser deliberadamente apresentado desta forma por seus divulgadores). Madison tem uma biografia, em bases gerais, seguida por outros mágicos mencionados no livro. De uma família religiosa, foi criado em uma bolha. Depois de várias desventuras familiares, acabou frequentando o underground de Bradford, cidade industrial do setor têxtil da Inglaterra. Tornou-se um jogador profissional. Sua habilidade com baralho facilitou usar técnicas de "correção da sorte"[7] nas disputas a dinheiro! E passou a ir a locais nos quais os valores em jogo eram cada vez maiores. Em uma dessas aventuras, foi introduzido em um círculo exclusivo. Pretendendo usar suas técnicas para melhorar suas chances, foi, no entanto, detectado ao tentar preparar um stacking conveniente com as cartas. O resultado foi alguns dias de hospital, com uma perna e várias costelas quebradas e contusões por todo o corpo. Segundo ele afirma, por sorte suas mãos nada sofreram! Esta "experiência" fez com que sua habilidade com baralhos passasse a ser usada em números de mágica, e não mais em trapaças de jogo! Esta, aliás, uma evolução sempre presente entre as técnicas de cartomagia e de seus praticantes, diga-se de passagem.
Amiga próxima de Madison, Laura London, é uma inglesa apaixonada por mágicas. Contraria, de certa forma, o estereótipo de outros mágicos do grupo, por ser uma frequente artista engajada em espetáculos públicos, apresentações privadas e eventuais aparições em televisão. O que é notável, tendo em conta a arte mágica ser, preponderantemente, ainda marcada por mágicos homens e não por magas mulheres.[8]
Laura, pelo relatado por Frisch, nasceu em berço milionário. Sua mãe foi bailarina na sua juventude. Após se casar com seu pai, um jogador rico, acabou adquirindo uma famosa casa noturna, onde se reuniam celebridades, e onde as estrelas do rock, como Rolling Stones, The Who, Ringo Starr e outros famosos se apresentavam. Em 1987, no entanto, o pai de Laura faleceu de câncer. As despesas com seu tratamento foram muito elevadas. E, logo após, o sócio de sua mãe na casa noturna também morreu em um acidente de trânsito. A casa teve que ser fechada dois anos depois e Laura e sua mãe mudaram-se de uma cobertura em um bairro nobre de Londres para um pequeno apartamento de projeto social subsidiado em um subúrbio. Um namorado de sua mãe, que também atuava como palhaço, ensinou a ela algumas mágicas. O resto é história. Hoje ela mora em um flat industrial bastante espaçoso no norte de Londres.
Outros mágicos citados no livro têm histórias muito semelhantes: origens de certa forma tumultuadas na classe média, e até mais restritas, alguma ligação direta ou indireta com jogo (eventualmente até com drogas...) e a adoção de um estilo de mágica fortemente concentrado em apresentações preponderantemente virtuais, onde YouTube e Instagram predominam. Chris Ramsay, Xavior Spade, Doug McKenzie, Alex Pandrea e vários outros são citados com mais ou menos detalhes ao longo do texto. O próprio autor descreve no livro sua biografa, sua admiração pelo pai, sua mãe jogadora profissional de pôquer, sua origem em uma família de classe média.
Além dessas origens similares, todos eles desenvolveram certa reação ao que se considerava o establishment da arte mágica "organizada". Alguns deles, de origem inglesa, chegaram a frequentar o tradicionalíssimo Magic Circle, uma das mais antigas sociedades mágicas do mundo. Ser membro dela impõe um exame técnico e de princípios para os quais é necessário uma "mentoria" de um dos já membros. Até o Principe Charles, ao ser admitido (talvez mais pelo prestígio que traz com ele, do que por suas habilidades mágicas) teve que se submeter ao "exame", apresentando uma rotina de covilhetes. Suas regras e princípios são tradicionalíssimos. O "código de honra" que proíbe terminantemente a revelação pública de segredos mágicos é fator de muitas não admissões e expulsões do clube. Penn, da famosa dupla Penn&Teller, diz não ter sido admitido tendo em conta a dupla ter revelado números em suas apresentações. Mas, informa Penn ao autor deste livro, o Circle solicitou certa vez alguns aparatos usados pela dupla para compor seu museu de mágica, por considera-los, certamente, importantes representantes do setor! O que é, no mínimo, paradoxal, para não dizer incoerente! Laura London, mesmo após ser admitida e ter como madrinha uma maga importante, acabou achando a sociedade muito restrita e até preconceituosa.
Madison e seu grupo enfatizam a manipulação de cartas. Talvez por terem, vários deles, uma origem como jogadores profissionais, predominam em usar a habilidade em manipular as cartas, o "passe", muitas vezes em detrimento do efeito.
Essa nova forma de encarar a arte levou Daniel Madison e Laura London a imaginar a formação de um grupo, em princípio informal, que reuniria mágicos que pensassem fora dessa tradição que, segundo eles, sufocava o desenvolvimento da magia como arte. E assim surgiu a the52. A associação com um baralho - principal instrumento usado por esses mágicos - é direta. Seriam 52 membros, identificados através de uma das cartas do baralho. Todos os membros deveriam tatuar na parte interna de seu dedo médio o valor e naipe da carta que lhe representasse. Daniel Madison abriu com o nove de paus. A seleção é feita por Madison e Laura (o rei de ouros), aceitando eventuais sugestões de outros escolhidos. Ian Frisch quase fechou o ciclo, sendo o dois de paus. Poucos mágicos "tradicionais" fazem parte deste círculo restrito. Talvez um dos mais "normais" seja o sino-canadense Shin-Lim (dama de espadas).
Como uma declaração não formal da sociedade secreta que imaginou, Daniel Madison publicou seu manifesto em um livreto de 52 páginas, cada uma delas apresentando uma declaração, muitas delas de certa forma desconectadas entre si, quase um poema, conforme analisa Ian Frisch em seu livro. O livreto se intitula Magic is Dead. Na introdução Madison declara:
Tudo que aprendi como verdade, relevante e importante sobre mágica está escrito entre as capas deste livro. Sou Daniel Madison. A magia morreu.
Algumas dessas declarações são reproduzidas no livro de Frisch. Segue uma seleção das citadas que considerei importantes:[9]
Página 1: Mágica é a mais inferior forma de entretenimento.
Página 4: Mágica é quando as pessoas pensam que aquilo é real, e de modo a que pessoas pensem que aquilo é real, não deve ser apresentado como mágica.
Página 6: O mágico deve ocultar a arte da manipulação, mostrando que não se trata de manipulação. Isso é devastador para a arte, embora essencial para o mágico.
Página 8: Mágica tem a força de uma arte. É uma vergonha ela ser desperdiçada por mágicos.
Página 11: A magia efetiva[10] não mente; ela convida o público a mentir para eles próprios.
Página 31: Quanto mais eu tento entender os mágicos, mais longe deles eu quero estar.
Página 33: Se ninguém detesta você, você está fazendo alguma coisa errada.
Página 35: A exposição das mentiras da mágica distorce a percepção da verdade.
Página 50: Pelo menos uma vez na vida o leão deve mostrar ao chacal quem ele é.
Página 52: Magic is Dead.
Estas frases, embora soltas e, eventualmente, descontextualizadas, merecem, no mínimo uma reflexão. Na verdade muitas dessas declarações têm sido feitas, talvez não tão direta e sinteticamente, por outros estudiosos de arte mágica, principalmente por aqueles que entendem que fazer mágica não é apenas executar o "truque". Em 1943 Dariel Fitzkee[11] já se rebelava contra a magia feita à época. Sua trilogia[12] procurava mostrar uma forma mais diretamente ligada ao público. Fitzkee desprezava plateias de mágicos, que considerava preconceituosas e parciais. Na mesma linha autores como Henning Nelms[13] e Darwin Ortiz[14] indicavam que a pior platéia para o mágico se apresentar é a de outros mágicos; estão estes mais interessados no método usado, no "truque", que no efeito mágico obtido. Mesmo Juan Tamariz, cultuado mágico espanhol em seu completíssimo The Magic Rainbow ( O Arco Iris Mágico),[15] enfatiza a magia feita para o espectador leigo, este o melhor público que um mágico pode ter, aqueles que apreciam a arte da ilusão e não a técnica manipulativa, necessária, mas que não deve ser percebida.
A discussão sobre o quanto a magia é uma arte (e se é uma arte "maior" ou "menor") é, em minha opinião, ociosa. Mas tem sido objeto de discussões pelas referências já citadas, além de ser uma linha de conduta da magia desenvolvida por Juan Tamariz. O DVD Our Magic[16] é uma das várias referências onde se discute se magia é uma arte. Muito sério e bem cuidado em suas análises, feitas por personalidades do mundo mágico, deixa, no entanto, de perguntar ao público leigo, o que estes pensam da magia, e se a consideram realmente, uma arte. Acaba sendo uma apologia da magia feita por seus praticantes. O que alguém de fora poderia considerar um pouco pretensioso.
Comentários
Como esperado deste tipo de livro, polêmico desde o título, temos aprovações e reprovações. Sempre haverá defensores radicais e detratores incondicionais. E, como sempre, o equilíbrio está no meio termo.
Uma interessante resenha sobre o livro foi feita por David Kenney do canal do YouTube Magic Orthodoxy, conceituado pelas análises bem elaboradas que faz de novos número de mágica e de baralhos em novas edições. Suas resenhas são sempre equilibradas e informadas, agradando tanto os mais tradicionais como a nova geração, esta geralmente mais "polêmica". Ao analisar Magic is Dead ele se mostra afetado! Embora suas apresentações sejam extremamente energéticas, em todas as cores, neste caso ele usa apenas branco e preto, fala mansa, mostrando estar analisando algo fora do normal. E diz isso, claramente. Em resumo, diz que não se trata de gostar ou não do livro e sim de entender que ele mostra uma nova tendência para a arte mágica, que não pode ser desprezada, gostemos ou não.[17]
No fórum do Magic Cafê as opiniões se dividem. O próprio David intervém em vários comentários, procurando mostrar que o lado importante do livro é mostrar uma nova forma de fazer magia, já existente e extensivamente usada, mas nem sempre aceita e entendida por todos.
Talvez, na essência, o que esta nova geração de mágicos defende é o que outros já defenderam: magia para ser considerada como arte deve ser feita com dedicação. Tradições só servem para limitar o desenvolvimento de qualquer manifestação artística.
Concordando ou não, esta visão está presente na magia deste início de século. Gostemos ou não do que existe, essa nova tendência está aí, presente! Vários seguidores dos canais do YouTube e Instagram, em alguns casos centenas de milhares (e até milhões!), não são desprezíveis. Pensar que isso é apenas uma moda, e que a tradição da "casaca e cartola", do "coelho na cartola" e outros clichês conhecidos irão imperar eternamente, é desconhecer a evolução de tudo que existe no mundo, de todas as artes. Há quem ainda ache os pintores impressionistas como verdadeiros artistas. Mas estes quando surgiram foram execrados pelos "acadêmicos" que prezavam a representação precisa das formas, distorcidas pelos impressionistas para destacar o sentimento que se tem das imagens, e não seus detalhes, então possíveis de se obter pela fotografia. E hoje muitos consideram os impressionistas como um movimento "passado", substituído por uma representação menos pictórica.
A pergunta aqui é se esta eventual "moda" vai permanecer? Se quisermos usar um clichê, a resposta só teremos no futuro. De qualquer forma já há muita gente "curtindo", em todos os sentidos - e com todos os sentidos - o que estes mágicos apresentam.
A pandemia que assustou todo o mundo em 2020 praticamente paralisou os espetáculos mágicos presenciais. A magia "virtual" se tornou uma alternativa, como possível fonte de renda, mesmo para aqueles mágicos ainda não familiarizados com esta plataforma. Para quem já usava a magia "à distância" foi apenas uma continuação do que já faziam. Na entrevista do autor Ian Frisch na livraria Strand, já mencionada, foi perguntado aos representantes dessa nova geração se achavam que a magia virtual substituiria a magia presencial. Dos três representantes desta nova geração presentes, dois deles (Chris Ramsay e Doug McKenzie) afirmaram que ver a magia de perto, presencialmente, ainda é a melhor forma. Afirmam que o uso de ferramentas virtuais é efetivo, mas como divulgador, não como objetivo. O outro presente, Xavior Spade, não concordou com os colegas afirmando estar "bem nutrido" apenas fazendo mágica virtual. Visões distintas, características de qualquer momento de transição!
Ian Frisch sugere uma explicação antropológica: as pessoas, mas do que assistir seus ídolos nos canais do YouTube, querem viver seus tipos de vida; mais do que simplesmente aprender e executar os números que assistem, querem se vestir como eles, usar seu vocabulário, mostrar seus trejeitos... Se isto é uma explicação plausível, talvez seja a razão do programa BBB ser tão famoso. Entendendo isso, sabemos a razão desses mágicos virtuais serem tão famosos e conseguirem viver disso. Gostemos ou não, é isso que acontece. Antropólogos, sociólogos e psicólogos têm, não há dúvida, conceituações mais precisas, e muito material para aplicar.
Conclusão
Não se pode negar o quanto o livro é instigante. Concordar com ele todo seria ingênuo. Mas não podemos negar que ele mostra o quanto de novo a arte mágica nos oferece neste início de século. De qualquer forma, a luta contra o establishment do setor não é nova: Dariel Fritzkee, Darwin Ortiz e até Tamariz não me deixam mentir!
Para quem ainda não leu o livro, vai aqui a sugestão de um texto bem feito. As opiniões individuais sobre a pertinência de seu conteúdo dependerá de cada leitor. Mas se tiver a oportunidade, forme a sua!
Cláudio Décourt (Ruberdec)
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Onde encontrar o livro: Magic is Dead de Ian Frisch.
Amazon - Audible - Livraria Cultura - Site do Autor.
Referências[1] Frisch, Ian. Magic is Dead: My Journey into the World's Most Secretive Society of Magicians. New York, Dey St., 2019.
[2] STONE, Alex. Fooling Houdini. New York, Harper Collins, 2012.
[3] "Minha jornada dentro da mais secreta sociedade de mágicos".
[4] FISM: Federação Internacional de Sociedades Mágicas, que promove regularmente uma competição mundial entre mágicos.
[5] Veja esta apresentação em https://www.youtube.com/watch?v=52TQllAkojk
[6] Os pioneiros baralhos especiais lançados por Ellusionist foram Black Tigers e Black Ghost. Edições atuais ainda são encontrados no site do editor, mas as edições originais de ambos são raras e valem fortunas, disputadas entre colecionadores.
[7] O termo é um eufemismo para trapaças feitas em jogos de cartas.
[8] Embora existam exceções famosas já no século 19 como Adelaide Hermann e Mercedes Talma. Esta com seu marido e um comediante francês formaram o grupo Talma, Le Roy e Bosco, famosos no final daquele século. Na década de 1950 teve projeção no cenário mágico inglês Elizabeth Warlock. Laura London cultua Mercedes Talma como sua referência mais importante.
[9] Veja Magic is Dead, página 209.
[10] Madison usa o termo strong. Preferi traduzir para efetivo por me parecer mais adequado ao contexto.
[11] FITZKEE, Dariel. Showmanship for Magicians. Originalmente editado em 1943.
[12] Além da citada Showmanship for Magicians, fazem parte da série: The Trick Brain (de 1944) e Magic by Misdirection (de 1945).
[13] NELMS, Henning. Magic and Showmanship: A Handbook for Conjurers. New York, Dover, 1969.
[14] ORTIZ, Darwin. Designing Miracles: Creating the Illusion of Impossibility. El Dorado Hills, A-1 MagicalMedia, 2006 e ORTIZ, Darwin, Strong Magic: Creative Showmanship for the Close-up Magician. DeLuxe Collectors’ Edition. s.l., Ortiz Publications, 2008.
[15] TAMARIZ, Juan. The Magic Rainbow. Rancho Cordova, Pinguin Magic, 2019. 16 WILSON, Paul. Our Magic. s.l. Dan and Dave, 2014. DVD.
[16] WILSON, Paul. Our Magic. s.l. Dan and Dave, 2014. DVD.
[17] Veja o "vlog" em https://www.youtube.com/watch?v=EiEYLyxPihw
Texto muito bem pontuado, ponderado e informativo. amei. sobre o livro, independente de pesar na balança os conceitos, de cara é muito inteligente pois nos põe imediatamente a pensar….me peguei rindo de frases que gostei muito e também relendo várias vezes para tentar penetrar o sentido de outras. Instigante!!